Câncer – Os Caminhos e Paradigmas
O diagnóstico do Câncer provoca quase sempre um grande impacto na vida do indivíduo.
Além do imediato cogito da morte, surge a questão da decisão terapêutica, ou que caminho tomar, principalmente para aqueles que têm uma visão crítica da medicina oficial.
A oncologia oficial no momento em que é acionada, coloca quase sempre a opção única da terapêutica de erradicação cirúrgica e ou química do tumor, e tende a transformar o processo numa urgência médica.
Isso abala ainda mais a capacidade de decisão do cliente.
Ora, um tumor sólido como o de mama está evoluindo a pelo menos 3 a 5 anos antes de ser descoberto.
Não será por uma espera de um a dois meses que se irá mudar o prognóstico de um adoecimento crônico como o Câncer.
Neste artigo, pretendo passar informações que estão além da visão expressa pela oncologia oficial. Não existe apenas um caminho.
Cabe ao paciente se informar e decidir pelo que ele acredita, pois a disposição ao enfrentamento dessa adversidade é decisivo no sucesso terapêutico.
As abordagens terapêuticas no Câncer obedecem de um modo geral a duas vertentes ou paradigmas básicos: o Localista da “Guerra contra o Câncer” e o Holista, ou de todo o organismo da medicina biológica.
Localista – Guerra contra o Câncer
A abordagem do Câncer segundo o paradigma guerreiro, está orientada para a destruição do tumor e da célula cancerosa.
O oncologista persegue e tenta destruir pela cirurgia, quimioterapia e radioterapia a célula e o tecido cancerosos.
Por trás desta conduta está a concepção de que o Câncer é simplesmente uma doença provocada pelo aparecimento de células malignas, que uma vez eliminadas resulta na cura.
É preciso que se diga que todo conhecimento e conduta na medicina estão filiados a um determinado estilo de pensamento.
As condutas médicas não são decisões naturais e consensuais.
O consenso geralmente existe apenas dentro de um mesmo estilo de pensamento.
Além disso, as condutas médicas são fortemente influenciadas pelos interesses econômicos como os da indústria farmacêutica e outros.
O campo da quimioterapia contra o Câncer é emblemático neste aspecto.
Os EUA desenvolveram no pós segunda guerra sua hegemonia neste setor.
Um acordo no setor de petroderivados, que se refletiu no campo da indústria de química fina (medicamentos), celebrado entre o cartel da indústria química Alemã I. G. Farben, e os interesses americanos representados pela Standard Oil (Rockfellers), celebrou uma divisão de mercado.
A posição da Standard Oil permitiu que ela ocupasse uma posição estratégica no setor químico, em particular no emergente setor da guerra química, iniciada pelo o uso do gás mostarda na primeira guerra. Com esses atributos a standard Oil vai se movimentar em direção a terapêutica contra o Câncer.
Não é por acaso que o primeiro quimioterápico largamente usado foi a mostarda nitrogenada, e que parte considerável dos medicamentos hoje prescritos vieram dos laboratórios de guerra química.
As principais instituições ligadas a luta contra o Câncer nos EUA são dominados pela família Rockfeller (Fundação Rockfeller) – Liga Americana de Combate ao Câncer, Memorial Sloan-Kettering Center (maior centro de pesquisa do mundo), Memorial Hospital.
Como não podia deixar de ser, os efeitos da quimioterapia contra o câncer, nos moldes da oncologia oficial, são freqüentemente devastadores para o organismo.
Mesmo quando se obtém controle do tumor, o organismo é levado a uma situação de grande sobrecarga tóxica e disfuncional.
É comum ver pacientes “curados” de Câncer, que desenvolvem um segundo Câncer ou manifestam quadro de doença crônica. Poucos oncologistas conseguem perceber essa dinâmica.
A maioria tem os olhos muito fixos no tumor, não conseguem enxergar o organismo e seus sistemas de defesa.
A medicina e os médicos que se dizem seguidores de Hipócrates deveriam refletir sobre o principal aforismo hipocrático: “primo non nocere“, primeiro não lesar.
Esse aforismo, não apenas expressa uma séria preocupação ética, mas exprime também uma concepção terapêutica, a de que não é possível um medicamento provocar ao mesmo tempo efeitos benéficos e maléficos para o organismo.
Ou seja, não é possível se conceber que um medicamento que lese o organismo tenha chances significativas de ajudá-lo.
Orientado por este princípio da nossa tradição médica, devemos perguntar aos defensores da quimioterapia nos moldes atuais: como pode uma terapia que afeta gravemente a vitalidade do paciente, que faz cair seus cabelos, que afeta severamente o sangue, que bloqueia o sistema endócrino e imunológico, que lesa fígado e rim, que intoxicam gravemente todo o organismo, ser benéfica para o paciente?
É claro que diante da dramaticidade do adoecimento, temos muitas vezes de lançar mão da quimioterapia, mas o terapeuta deveria ter a noção clara de que ele está sobrecarregando severamente este organismo, e todas a s medidas deveriam ser tomadas para prepara-lo num primeiro momento, e aliviá-lo e minorar os efeitos tóxicos num segundo estágio.
Isso está longe de ser a realidade.
O que assistimos é uma impiedosa intoxicação de um organismo já severamente adoecido, abreviando a sobrevida e piorando a qualidade de vida.
Ralph Moss afirma que um certo prestígio da quimioterapia se deveu a um sucesso relativo de controle de Câncer em crianças, mas que não existe nenhum estudo a indicar que se obtém resultados satisfatórios de sobrevida em cânceres comuns do adulto como o de pulmão, intestino, próstata, mama, ovário, etc..
Isso sem se referir à qualidade de vida.
O Enfoque de todo o Organismo (Holismo) da Medicina Biológica
A vertente biológica assinala que o câncer é uma doença sistêmica crônica desde o seu início, e o tumor é apenas uma manifestação desse adoecimento.
Uma concepção diversa em relação a gênese e performance da célula cancerosa é também sustentada.
Em relação à gênese, admite que o aparecimento da célula cancerosa representa o final de um processo de degeneração celular, que foi precedido de um processo de sobrecarga dos humores (espaço entre as células ou mesênquima).
Já a medicina oficial admite que o aparecimento da célula cancerosa resulta de um erro de replicação do material genético, sem outros condicionantes.
Nesse aspecto, a medicina biológica vai dizer que o erro de replicação do material genético se dá pelas condições do ambiente em que ocorre a replicação.
Ou seja, se existe um ambiente tóxico, se falta nutrientes fundamentais, as chances de erro aumentam exponencialmente.
Por isso os médicos da medicina biológica afirmam que o Câncer começa fora da célula, depois afeta o citoplasma e só depois o núcleo.
Outro diferencial da medicina biológica se expressa em relação à natureza da célula cancerosa.
Os trabalhos clássicos de Otto Warburg, duas vezes prêmio Nobel de medicina, nos ensinaram que a célula cancerosa é uma célula mal adaptada, que mudou o seu padrão respiratório para o padrão fermentativo (anaeróbico), ao invés do pradrão oxidativo (aeróbico) da célula normal.
Com isso a célula cancerosa perde rendimento e capacidade de se adaptar. Ela só sabe se multiplicar e com isso sobrecarregar/intoxicar o organismo.
Desse modo, ao invés de se usar munição pesada contra a célula cancerosa, se coloca armadilhas biológicas, que não são obstáculos para as células normais, mas sim desafios para as cancerosas, como forçar o processo oxidativo (oxigenioterapia hiperbárica, UVB, Ozonioterapia), hipertermia, e muitas outras terapias.
Na verdade, sabemos da fragilidade da célula cancerosa, e que sua viabilidade depende da capa protetora que um ajuntamento dessas células (tumor), consegue produzir e impedir a ação do sistema imunológico.
Daí o esforço terapêutico da medicina biológica no sentido de desfazer essa capa, e expor as células aos desafios dos processo vitais desenvolvidos pelas células normais.
Em resumo, poderíamos dizer que a medicina biológica concebe o Câncer como um adoecimento de todo o organismo, e que o tumor é apenas uma parte do processo.
O aparecimento de um adoecimento como o Câncer, que afeta tão profundamente a vitalidade e a organização biológica, é um sinal de que o organismo que permitiu tal processo está severamente desequilibrado, principalmente em relação ao seus sistemas de defesa.
Por isso a forte ênfase em ativar esses sistemas.
Para corroborar essas palavras transcrevo abaixo as opiniões do Dr Josef Issels.
Laureado médico alemão com grande experiência no tratamento do que a oncologia oficial chama de “câncer incurável”.
Foi pioneiro no uso d medicina integrativa no tratamento do câncer.
Dirigiu por mais de 40 anos um hospital com cerca de 120 leitos, destinado ao tratamento de pacientes dito incuráveis.
Os resultados apresentados pelo Dr Issels são espetaculares, e contra resultados não existe argumento. Não adianta a oncologia oficial levantar a falsa bandeira da cientificidade.
A função principal da medicina é tratar e aliviar o sofrimento dos pacientes, e não ficar produzindo discursos ditos científicos, mas pífios de resultados clínicos.
A ciência na arte médica deve seguir os resultados terapêuticos, e isso, sem sombra de dúvida, está presente na obra do Dr Issels.
Josef Issels. Cancer a Second Opinion. New York: Avery Publishing, 1999.
Prefácio:
A cada dois dias um homem, uma mulher ou uma criança morre de Câncer.
Essa estatística explica o porque da minha necessidade em escrever esse livro.
Apesar dos bilhões gastos em pesquisas, de refinamento das técnicas cirúrgicas, do desenvolvimento de sofisticadas máquinas de radioterapia, das pesquisas e novas drogas destinadas a erradicar todas as células cancerosas do organismo que não produzam efeitos tóxicos que limitam os seus usos, da busca de um esteróide capaz de combater os cânceres hormônio dependentes, da estratégia biológica perfeita capaz de estimular as defesas naturais do organismo contra o tumor.
Apesar de tudo isso, uma em cada seis pessoas hoje vivas terão Câncer e morrerão dessa enfermidade.
A malignidade, uma disfunção celular, que começa a se multiplicar em velocidade selvagem no tecido corporal, coloca para milhões dessas pessoas a realidade de que seus cânceres não podem ser curados, controlados, ou mesmo contido pelos métodos usuais como a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.
Quatro em cada cinco pessoas que recebem um ou todos esses tratamentos em conjunto morrem dentro de cinco anos. Isso não é apenas uma indicação do poder destrutivo da enfermidade, mas também uma sensata reflexão sobre os limites das técnicas oficiais, e sobre os conceitos nos quais estão referenciados.
Esses métodos ou técnicas têm um fator em comum.
Eles tratam o Câncer in loco. O cirurgião está primariamente comprometido com a excisão do tecido maligno local.
A radioterapia está também dirigida para destruir a célula in situ.
Ambos, o cirurgião e o radioterapeuta concordam sempre de que não há modo para se detectar que um pequeno número de células escapou para além do “local” original, disseminando a doença e a transformando em incurável em termos de futuras cirurgias ou radioterapias.
A quimioterapia é então chamada com o objetivo de eliminar ou reduzir as células cancerosas que escaparam.
Este também é um ataque muito limitado, e no atual estágio de conhecimento não produz resultados significativos num prazo mais longo.
A falência desses métodos normalmente significa que o paciente é incurável, e geralmente se deixa evoluir para o óbito, embora existam outros métodos eficientes provados ainda disponíveis, mas não aceitos pela oncologia oficial.
Esses métodos contrariam a noção de que o câncer é uma doença local.
Assumem que o câncer envolve todo o sistema de defesa corporal, por esse motivo essa abordagem é chamada de ganzheitstherapie, ou tratamento de todo o organismo (holista).
O conceito popular de que o câncer é primariamente uma doença localizada, e a hipótese de que a célula cancerosa e o tumor desenvolvem no que era antes um tecido ou órgão saudáveis, são concepções básicas da visão dita localista.
Somente quando o tumor produz efeitos tóxicos sobre o organismo, essa visão reconhece e aceita o câncer como uma doença generalizada, ou uma “doença maligna”.
Isso é particularmente evidente nos quadros de caquexia.
Desse modo, o médico localista conclui que o tumor deve ser visto como a causa da doença maligna generalizada.
O terapeuta holista assume uma visão diametralmente oposta.
Para ele câncer é primariamente uma doença generalizada, que oferece o substrato para o desenvolvimento do tumor como o sintoma/sinal mais importante.
Isso significa que o tumor só pode desenvolver num organismo doente.
Doença maligna, portanto, é a causa do crescimento maligno, seja o tumor primário ou secundário.
Em resumo, aqueles que acreditam que o câncer é uma doença local, pensam que o tumor surge primeiro e depois surge a doença generalizada.
Aqueles que pensam que o Câncer é uma doença generalizada do organismo, acreditam que primeiro vem a doença e depois o tumor.
Esse é o nó górdio da questão, o ponto fundamental de divergência entre os “localistas” e os “holistas“.
Evidentemente, cada um vai seguir o caminho de acordo com sua visão para propor a solução para o Câncer.
Para se entender tudo que está escrito neste livro, depende de uma clara compreensão do que acredito ser as duas verdades fundamentais:
Minha proposta neste livro é mostrar degrau por degrau a teoria e a prática de como isto pode ser obtido, numa linguagem acessível ao leigo e ao médico.
Eu espero mostrar claramente a abordagem terapêutica que pode ser capaz de transformar os assim chamados “casos incuráveis” em casos com ampliação significativa de vida com qualidade e até mesmo cura.
Câncer, como nós que trabalhamos neste campo sabemos, tem sua própria linguagem.
É dito com grande dose de verdade, por exemplo, que “aquele imunologista apenas fala para imunologistas, e de forma não muito clara!”
Eu tentei evitar isso minimizando o uso de jargões técnicos.
Eu espero que ao se falar simples e diretamente, o medo que as pessoas associam com o câncer, possa ser substituído pela consciência de que pode ser feito muito mais do que geralmente o é.
Em quase uma vida dedicada à defesa do tratamento de todo o organismo, eu tenho encontrado muita oposição e muitos conceitos equivocados.
Meu desejo pessoal com este livro é que se possa limpar esse campo de conceitos errôneos, ao mesmo tempo que possamos encorajar outros médicos a aceitarem o desafio que sem dúvida os presenteará em termos de sobrevida dos pacientes, que este método de tratamento do câncer oferece.
Eu não penso que tenha descoberto um método fácil de ser seguido.
Minha proposta cria as condições para combinações de tratamentos que envolvam o cirurgião, o radioterapeuta, o quimioterapeuta e o imunoterapeuta, permitindo, assim, uma cooperação antes impossível, e com isso salvar mais vidas.
Josef Issels
Issels Klinik
Rottach-Egern – Alemanha
Os pecados capitais na abordagem do Câncer segundo Josef Issels
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A “caritativa” pequena mentira em que o médico comunica, ou não comunica o diagnóstico ao paciente é sem dúvida o maior pecado cometido. Esconder a verdade, além de ser eticamente duvidoso, significa que o paciente não pode ser envolvido na relação essencial de duas vias com seu médico, a permitir que as medidas curativas obtenham efeito máximo.
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Igualmente errado é o conceito freqüentemente ouvido de que a terapia de todo organismo é dispensável tanto antes como depois dos outros métodos, como cirurgia e radioterapia. Isso tende a ser mais enfatizado quando se consegue ampla ressecção do tumor.
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O pecado da ignorância sobre o papel da terapia de todo o organismo. Existe uma tendência a se usar os mesmos parâmetros de controle do tumor, para uma terapia que está orientada para a causa, para o terreno que produziu o tumor. Ou seja, para eliminar as predisposições que levaram a produção do tumor. São estratégias diferentes, mas complementares.
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A crença de que o seguimento (follow up) após a terapia nos moldes da medicina localista é eficaz. Na prática esse seguimento é feito através de check ups periódicos, pois 50% desses pacientes têm alta probabilidade de terem recorrência ou metástases. Essa abordagem ilude paciente e médico, pois os check ups não representam qualquer forma de prevenção, são simplesmente a comprovação, quando positivos, da falência da terapia inicial. Perde-se um precioso tempo na recuperação de todo o organismo, com a atitude passiva e alienada do check up.
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A crença de que “algumas semanas de férias” após a cirurgia, radioterapia e ou quimioterapia, são benéficas para a recuperação do organismo. Os dias que se seguem essas terapias agressivas para o organismo, são fundamentais para a sobrevivência de longo termo do paciente. Neste período, se deve reforçar o uso das terapias de suporte dos sistemas orgânicos de defesa.
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O pecado de se administrar dietas especiais para que o paciente ganhe peso. Esse pecado é comumente praticado pelos médicos com a concordância do paciente. Inúmeras experiências têm demonstrado que o afã de se sobrealimentar o paciente para se aumentar a resistência corporal, provoca o contrário, piora a imunidade e favorece recidivas. Observações clínicas mostram que ganhos de peso pronunciados após terapia do câncer é um forte indicativo de metástase.
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O sétimo pecado tem a ver com a abordagem holista. Não adianta apenas enfatizar um aspecto da terapia, como, por exemplo, a dietética, e se esquecer das várias outras questões causais, como os focos e disbiose. Não existe câncer incurável, o que os médicos chamam de incurável é a doença que não responde mais a cirurgia, a radioterapia e quimioterapia. Mas, a terapia do câncer oferece muito mais recursos que os acima citados.
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